O silencio naquele olhar
A expressão enigmática
Que nenhum poeta ou pintor conseguiu recriar
Apenas Deus em sua infinita bondade
Mulher...

Poesia viva encarnada neste mundo
Perfeição criada por Deus
Encanto jamais compreendido
Por aqueles que te amam
Dedicar-te apenas um dia
É pouco, é pobre.
A ti dedico, não apenas os meus
Dias de cada existência
A te dedico meu carinho
Se possível o universo
E cada bom sentimento
Que fora criado por deus
Mulher...
E se tudo isso não o bastante
A te dedicarei, um humilde abraço.
E um singelo verso ao pé do ouvido
E assim direi um simples
Eu te amo.

E nesta noite fria
O calor desse cobertor aquecera meu corpo
E lembrar-me-ei dos teus braços
E o brilho dos seus olhos, será a minha lua.
E cada gole de vinho que bebo essa noite
Terá o sabor dos teus lábios

Já consigo não esconder minha pequena 
O carinho que tenho por ti
Minha boneca de porcelana
Tão frágil e delicada 
Tão sagrada

ES a mais bela obra de arte desta terra
A mais poderosa, das mares 
Aquela que detém o meu carinho

E eu quero ser para ti 
Teu amado o teu amparo 
Nas noites de frio, teu aconchego.
Teu mundo inteiro, tua vida e tua sorte.
E tu me faras tão forte é tão sábio
E um humilde servo, desse bem querer.
Que não consegue esconder.

Amarga!
Amarga a virtude 
Virtude escondia no silencio
De um quarto escuro
Embaixo da amassadeira 

Frio...
É o caminho onde não há beleza

Sim! Ela deve estar em algum lugar
Deste caminho,
Encoberta por um manto empoeirado
Bem encima de teus e dos meus olhos.
Eu não tive capacidade de percebê-la

Como uma lâmpada apagada
Que, não serve para nada.
Aguardando ansiosamente o dia de ser acessa 
Ou como um livro fechado
Empoeirado escondido numa estante
Velha cheia de cupins 
Entregue as traças

Destinada a se tornar 
Apenas ser mais uma lenda
Usada para causar arrepios
Perecer...
Perecer escurecer 

Como uma carta 
Aguardando o dia em que será 
Aberta!!!

O silencio é uma virtude 
Mas a virtude não deve estar em silencio
Ela deve ser usada despojada de vaidade e orgulho
Pois se não for assim
Não será virtude será vaidade.
Não confunda virtude com vaidade
Não a deixe amargar 
Nas profundezas dos teus medos.

Saciar as tuas buscas,
Aliviar tuas fadigas
Entender o teu silencio
Te olhar, por dentro
Tentar prever teu movimento
Até a força com que teus pés tocam o chão

Ser, o teu conflito
O teu grito
Sem pudor e sem receio
Sem temer a distancia
Ou empecilho qualquer
Te fazer mulher.
Escrever nosso próprio destino
Entre e desatinos e tempestades

Dúvidas ??
Quem sem importa com elas?
Quero é mesmo estar perto Você
Sinos...
Voltar ou continuar?

Quem não se permite a duvida
Não sabe o prazer de escolher o certo
E a dor de ter errado
Não aprendeu com o erro 
Nem chorou de alegria

Nem, se perdeu em pensamentos
Em seus próprios sentimentos
Nem tão pouco soube se encontrar

E quem não soube decidir 
Não conheceu o inesperado
Não deu chances ao acaso 

O inesperado?
Como pode alguém viver 
Sem jamais te conhecer?
Encontrar-te numa esquina
Em pleno carnaval?
Escolher entre o bem e mau 
As ladeiras de Olinda descer 
Sentir o frevo te mexer
E entender o que é viver.
Impossível!

Sereia possível ele existir?
É possível se contentar com isso?
Ou você não seria capaz de lutar pra torna-lo
Real e belo, igual à sinfonia do sabiá.
Ou tão belo como a nascer do sol a beira mar

Seria possível um simples filete de agua crescer?
Escavar montanhas serras 
Ser o mar do sertão
Dividir alagoas e Sergipe
Separar juazeiro de Petrolina?
Prazer Francisco
Ou melhor, mais respeito.
São Francisco! 
Rio São Francisco! 

Há... meu velho Chico 
Quantas pessoas 
Já viste nas tuas aguas?
Quantas donzelas já mataram a sede em tuas aguas?
E nelas se banharam
E si vestirão
Quantos? Amores já tu viu. 
Crescer, florescer?
E quantos entardeceres, amanheceres. 
E quantas vida tu já viu nascer 
Chico fala...
Pra esse homem tolo
Não existe esse tal de 
Impossível.

É ela me encanta! 
Com seu sorriso tão largo 
Seu olhar tão profundo

Ela me encanta meus olhos 
Como quem encanta o mar 
Ela me encanta com seu olhar
Belo e sorridente 
Muitas vezes triste e singelo 
Resignado.
Intransigente

Com sua valsa sinuosa 
Embalada em seu próprio 
Ritmo nem tão rápida
Nem tão lenta 
Apenas uma dançarina sedenta 
Por bailar, bailar, bailar 
Até o dia clarear
Bailar até que a mais remota 
Esperança floresça
Até que a noite mostre todas as suas belezas
E incertezas 
Até que lua não ilumine mais 
As estradas entrelaçadas 
Pelo medo e vontade de crescer
Até silenciosamente me envolver.


E desperta a vontade de aprender
Esta dança chamada viver!!

Será que foram aquelas palavras?
Ou então foi o piscar de seus olhos
Ou quem sabe a velocidade de sua respiração 
Ou o tênue sorriso 
Deve ter sido a musica, certamente foi a musica
O som daquele violão é inconfundível
Mas, entretanto toda via ainda acho que foi a lua 
Ela é culpada...
Ou foi que será foi...
O intervalo entre os nossos silêncios 
Foram às flechas foram elas... Traiçoeiras
Ou foi a culpa da noite culpa dela por ser tão bela.
Não mas eu acho ....

Escrevo nome dela janela
Como o verso, que regressa doutro mundo 
Controverso ao dedilhar dessa cantiga
Como a vida, que brota na invernada
Eu valorizo o cheiro da terra molhada
E melodia bem cantada bem dizida

Ao frio, dou o calor da moça bela!
Luz apagada, 
Sentimento sem medo sem pudor
Eu valorizo o frio da invernada!
Pois me aqueço, nos braços do meu amor

Um arrepio que me sobe na espinha
Pele macia, e um cheiro de fulôr
Eu valorizo o frio da invernada
Pois me aqueço, nos braços do meu amor

De manhãzinha, orvalho da neblina
Pego a viola, faço meu verso,
Agradecendo ao criador,
Por ter mandado o frio da invernada
Pra eu me aquecer nos braços da minha flor

Como menino que se aquece de esperança
Ao ver, a vida brotar em meio a dor
Eu valorizo o frio da invernada
Pois me aqueço nos braços do meu amor.

Confesso-lhes que por noites observava o breu impenetrável,
Buscando uma resposta contraditória,
Que personificasse em belas e afáveis palavras
Aquilo que meu coração queria ouvir e sentir,
Enquanto fazia isso, estrelas se apagavam,
Outras nasciam, vidas eram criadas 
Pessoas choravam e tramavam amores 
Buscando sempre uma reposta


Confesso-lhe por muitas vezes não tive as respostas que queria

E inconformado chorava, lagrimas salgadas... 
Lagrimas que lavaram meus olhos.
Enquanto eu esperava que do céu
Chegasse uma mensagem celeste


O que dizer pra vocês... 

Que encontrei as verdades?
E todas as respostas que sempre quis?
Dizer que o mundo é belo e nos responde tudo?


Sim encontrei repostas 

Sim o mundo é belo e profundo 
Mas não responde tudo 
Deixa-me provar tuas malicias
Tão encantadoras quanto à noite
Ver-te em leito
Onde te deitas e deixas teu suor
Que sabor ele tem?
Quão doce
E envolvente, ele é?
Permita que ele se misture com o meu.
Tuas caricias
Penetrem em minha mente
Como poder devastador
Cheias de ternura, sem nenhum pudor
Qual será o teu sabor?

De certo teu beijo
Não é amargo
É o mais doce que o amor
O deleite mais puro
De um eterno sonhador

Queira um deus que eu prove
do teu calor
Que eu te diga palavras doces
Entre as malicias desse amor.
Deixa-me provar tuas malicias
Tão encantadoras quanto à noite
E resplandecentes como a lua
Ver-te em leito
Onde te deitas e deixas teu suor
Que sabor ele tem?
Quão doce
E envolvente, ele é?
Permita que ele se misture com o meu.
Tuas caricias
Penetrem em minha mente
Como poder devastador
Cheias de ternura, sem nenhum pudor
Qual será o teu sabor?

De certo teu beijo
Não é amargo
É o mais doce que o amor
O deleite mais puro
De um eterno sonhador

Queira um deus que eu prove
do teu calor
Que eu te diga palavras doces
Entre as malicias desse amor.

Um caminho inevitável
Pelo qual eu teria de percorrer
Um caminho, que eu conhecia apenas no versos Camões
Nas estrofes suaves de Chico Buarque
Nas peças de Shakespeare, nos romances Joaquim Manoel de Macedo
Nos versos mais simples, do poeta Zé da Luz

Ai sesse...

Há.... se não fosse os obstáculos
Talvez eu nem sem quer tivesse começado
Jamais eu saberia como é belo o som da chuva
Nem como é bom a paz sinto quando escuto sua voz
Nem saberia o que é ter, que escolher

É inevitável não me arrepiar quando penso em seu sorriso
Ou busco explicação que faça sentido
Para nossos sentimentos
E descubro que não precisa fazer sentido
Não precisar de explicação
Precisa apena ser vivido
Com coragem, no coração

Certo dia um homem triste estava a chorar
quando então, diante dele um homem
bem vestido, que parecia ser importante
olha para ele e diz: 

Que procuras dentro de ti ? 
se não há nada a procurar... 
Os anjos já estão mortos 
E demônios estão a reinar .

- Procuro o silencio e a alegria
Mesmo, ouvindo a melodia
De um desespero profundo

-Pobre tolo, esse mundo
É uma ilusão
Uma peleja sem sentido
Pra te fazer, sofrer
Cravejar de espinhos, teu humano coração
Manchar tuas lagrimas com sangue
E te levar pra sepultura.

-Pois que eu lute! 
Sinta o calor da batalha,
Sinta o sabor, desse suor
E que eu morra lutando!
Não me acovarde!
Que eu me fortaleça, com derrota
E que meu corpo carregue 
As cicatrizes
Que eu cai e saiba orar
É oração me fara levantar 

-E quando morte chegar ?
Que tu iras, fazer ?

quando, a morte me chamar
Que aceite de bom grado!
Pois a morte, me faz forte
E me traz uma nova vida
A verdadeira.

Então, vais continuar ?

Sim, que continue a busca
Pois um dia, esse perfume
Eu ei de sentir 
Da luta, não sei fugir
Sei chorar , sei sorrir 
Sei orar e agradecer
Não me aprendi a me esconder

Cuidarei do meu espinho!
Pois, até as rosas os têm
Quem sou ? Pra renega-los
Eles, me fazem bem.
Encontre os seus também. 

"E opositor se calou, e foi embora
Pois não, sabia o dizer."
  


Ela caminha 
Como que não quem se importa com escuridão 
De uma noite sem luar
E nem com o frio, do mais rigoroso dos invernos. 
Seu olhar é sempre sereno
Mesmo que seu coração esteja cheio de medo
Ela sabe controla-lo, e jamais se deixar dominar.
Seu sorriso sempre belo
Cheio de confiança e coragem
Desperta ódio e paixão
Por onde passa e todos se perguntam
- Será possível que ela fraqueje ?


Um dia ela respondeu 

- Sim, mas não me importo.



Um dia...
Sairemos às ruas, guiados pelo amor e pela verdade.
Neste dia marcharemos, distribuindo rosas vermelhas e brancas.
Repletas de espinhos, 
E em cada espinho encontraremos
As lembranças, dos muitos silêncios e delírios vividos
Das muitas noites que deixamos de escutar 
A nossa essência...
E cada pétala nos lembrara...
Dos encontros e desencontros de cada vida
Dos muitos gritos congelados, numa fotografia. 

E antes que caia a ultima pétala
A marcha dos obstinados 
Tomara as ruas e avenidas deste mundo 


E as rosas se multiplicaram...

Cada um deles trabalhara eternamente
Pra em prol de um mundo melhor
E nos os obstinados de coração
Herdaremos a terra! E faremos dela
A morada sagrada da verdade e da razão
Sim continuaremos a errar, sim claro que sim 
Mas teremos mais força e poder e coragem
Para pedir perdão e fazer o correto



E ouvindo a voz do silencio marchemos durante a madrugada

Pois hoje não mais somos omissos a nossos sentimentos
E injustiças deste mundo.
Hoje descobrimos que podemos multiplicar as rosas 
E podemos sim deixar de lado o medo das rosas
Pois hoje descobrimos o perfume que elas têm.

Por entre chuva caminhamos...
Entre silêncios e olhares desperdiçados
Entre olhares, egoístas
Incapazes, enxergar além da aparência
Sempre tachados, pelo externo
Julgados, por não seguir os padrões

Mesmo assim caminhamos
Por entre a chuva
Mesmo desacreditados
Corroídos pelo ácido de uma chuva poluída

Caminhamos...
Por entre noite escura
Procurando um sinal fogo.
Um raio de luz, que clareasse nossa visão.

E de tanto caminhar na chuva
Nos acostumamos com ela
E não mais sentimos o peso dela sore nosso ombros
De tanto andar na escuridão
Nossos olhos conseguirão se acostumar
E enxergar um caminho através dela.

E não continuaremos a caminhar até
Consigamos, compreender
A essência que existe além

Daquilo que conseguimos ver.