Menina estás à janela com o teu cabelo à lua não me vou daqui embora sem levar uma prenda tua
Sem levar uma prenda tua sem levar uma prenda dela com o teu cabelo à lua menina estás à janela
Os olhos requerem olhos e os corações corações e os meus requerem os teus em todas as ocasiões
Sozinho na noite
Um barco ruma para onde vai.
Uma luz no escuro brilha a direito
Ofusca as demais
E mais que uma onda, mais que uma maré
Tentaram prendê-lo impor-lhe uma fé
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade
Vai quem já nada teme, vai o homem do leme
E uma vontade de rir, nasce do fundo do ser
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir
A vida é sempre a perder
No fundo do mar
Jazem os outros, os que lá ficaram
Em dias cinzentos
Descanso eterno lá encontraram
E mais que uma onda, mais que uma maré
Tentaram prendê-lo, impor-lhe uma fé
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade
Vai quem já nada teme, vai o homem do leme
E uma vontade de rir, nasce do fundo do ser
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir
A vida é sempre a perder
No fundo horizonte
Sopra o murmúrio para onde vai
No fundo do tempo
Foge o futuro, é tarde demais
E uma vontade de rir nasce do fundo do ser
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir
A vida é sempre a perder
Um verso, pra confessar a minha pressa
Outro para coisas sem sentido
Outro para coisas frágeis
E para inocência,
Que tal um verso pra corações apaixonados e desesperados?
Ou uma cantiga pra adoçar a nossa vida?
Um soneto, bem atento os movimentos do frio e do sereno
Um verso que diga tudo
Ou talvez não consiga dizer nada!
Que faça sentido, perdendo se entre os sentidos
Uma madrugada para declamar minhas emoções
Momentaneamente congelas nestes versos
Ou quem sabe, sussurrar ao pé do teu ouvido
Palavras doces pra te falar do meu amor
Ou apenas te levar pra cama
E saciar nossos desejos e vontades
Um verso ao universo que não para de criar!
Ah de existir um verso pra exaltar
O próprio verso, e as emoções profanas
De quem quer amar ou apenas sonhar
Ou apenas encontrar
Um verso que possa seu dia completar!
Soneto de arrumação
Abri aquelas duas portas
Afastei os panos negros
Comprimi, então, tais vestes
E pendurei o cheiro do azul
Já as outras, emperradas
Cederam ao atropelo,
Soltaram seus parafusos
E derramaram o vermelho
Abri uma gaveta, retirei o tempo
E me vesti de espaço
E sai às ruas, com tantas cores e tantos passos
Contei quadrados, azulejos, paredes e retornei
Arrumei o armário, fechei os olhos e vi
Que acabara de organizar o amor.
Deysi Moura
Aquele era o tempo
Em que as mãos se fechavam
E nas noites brilhantes as palavras voavam,
E eu via que o céu me nascia dos dedos
E a Ursa Maior eram ferros acesos.
Marinheiros perdidos em portos distantes,
Em bares escondidos,
Em sonhos gigantes.
E a cidade vazia,
Da cor do asfalto,
E alguém me pedia que cantasse mais alto.
Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me salva desta espada?
Quem me diz onde é a estrada?
Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me salva desta espada?
E me diz onde e´ a estrada
Aquele era o tempo
Em que as sombras se abriam,
Em que homens negavam
O que outros erguiam.
E eu bebia da vida em goles pequenos,
Tropeçava no riso, abraçava venenos.
De costas voltadas não se vê o futuro
Nem o rumo da bala
Nem a falha no muro.
E alguém me gritava
Com voz de profeta
Que o caminho se faz
Entre o alvo e a seta.
Quem leva os meus fantasmas?
Quem me salva desta espada?
Quem me diz onde é a estrada?
Quem leva os meus fantasmas?
Quem leva os meus fantasmas?
Quem me salva desta espada?
E me diz onde e a estrada
De que serve ter o mapa
Se o fim está traçado,
De que serve a terra à vista
Se o barco está parado,
De que serve ter a chave
Se a porta está aberta,
De que servem as palavras
Se a casa está deserta? Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me salva desta espada?
Quem me diz onde é a estrada?
Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me salva desta espada?
E me diz onde e a estrada
A alma do mundo grita
A alma do mundo chora
Sua beleza não mais floresce
E noite perdeu sua magia
E nela restou apenas o silencio
Noite de silencio
Fria e sem respostas
Nada me alenta
Nada me conforma
Responda-me
O noite porque ficaste calada ?
E escondeste a lua de mim…
O lua queria tua mórbida luz
Para me acalma
Para que ela pelo menos ela …
Sirva-me de resposta.
E novembro nunca mais foi mesmo Por causa daquele livro que não terminei Ele ficou conturbado e ansioso E resolveu ser breve pra que ela logo continuasse Mas o tempo passou e ele ainda espera Que eu escreva aquela historia Até o tempo Aguarda ansioso por ver seu desfecho Novembro ele juntos fizeram até um pacto E para o pacto convidaram cada um dos 12 meses Assim prometeram juntos, Trazer dias únicos se essa historia continuasse Até mesmo a lua e o sol não quiseram ficar fora E prometeram dia as noites Com os mais belos amanhecer e crepúsculos Para cada dia dessa historia Então o que estamos esperando? O escreva e faça dele uma bela historia Seja com alegrias ou melancolias O torne belo.