Caminho das sombras
PROLOGO:
Era noite o vento estava agitado e frio, o orvalho começava a se formar nas folhas das arvores, enquanto isso ceifeiros estavam a buscar as almas viventes para o encontro com o mundo dos mortos. A lua estava tomada pelas sombras de Hecaté, ao longe podia se ouvir o soar do sino da igreja marcando a passagem das horas, Era possível ouvir o uivo de alguns lobos.
Um ceifeiro encontrar-se a expandir o cheiro da morte a por toda Óbidos, espalhando sua presença e de tal modo fazer sua vítima e moradores da vila sentir o frio gélido da morte.
Enquanto se dirigia até o encontro com a vítima, percebeu alento estranho vindo de uma certa casa e ficou perturbado, tal modo que por mesmo tendo chegado ao local marcado, persistia em si ver o que tanto havia lhe perturbado, decidiu antes de ir cumprir com seu dever, ir ate-la.
A casa era velha não parecia ser um lugar sombrio, um pouco maior que as outras casas da vizinhança, aparentemente não se avistava algo que fosse capaz de assusta-lo, o ceifeiro não deveria sentir medo, mas mesmo assim sentia.  Estava inquieto, com a aura que emanava daquele lugar, arrepios tomavam de conta de seu corpo. Desde o momento que chegou aquele lugar, sentiu-se obrigado a entrar.
Era primeira vez que ele experimentava o medo, sensação nova para alguém acostumado a ser a causador dele, custava a creditar na confusão de sensações em seus pensamentos, mesmo assim decidiu-se por enfrentá-lo e adentrou na casa.
O ar dentro da casa era extremamente gélido e sombrio, com um cheiro amargo, a mobilha era modesta, seu desejo por matar silenciava e a cada passo dado o medo o deixava encantado.
Caminhava vagarosamente por entre os cômodos da casa até perceber que a medida se aproximava dos dormitórios o medo se transformava em agonia intensa, ele entra pelo corredor e vai abrindo porta em porta até encontrar a fonte daquele medo, ao passar por umas das portas o amargo ficou intenso uma agonia fantasmagórica dominava seu ser.
- É esta a porta ao qual devo abrir. Disse o ceifeiro.
Ao entrar percebe se tratava de um dormitório onde havia um rapaz descansando. Visivelmente seu olhar nada avistou de estranho, mesmo assim sentia um frio dilacerar seu corpo e ficou encantado com a energia que vinha do rapaz seu nome é Baldwin. Enquanto isso a alma que estava esperar por sua sentença experimentava a angustiante sensação do prologar das dores da morte.
A energia que estava junto a Baldwin, alimentava seu medo que por alguns instantes, sentia vontade de acorda-lo, para observar qual seria a reação dele, porem percebia que não deveria desperdiçar tão poderoso alimento presente, sua curiosidade necessitava de desvendar a origem da energia, entra na sua mente do rapaz.
Ao adentrar, o ceifeiro admirou o céu que se perdia entre os altos pinheiros e copa das árvores. Era difícil olhar o azul com tantas árvores tão longas. No terreno uma fina neblina estava a se fazer presente, apesar disso também era possível perceber troncos caídos, ao longe viu uma ponta de água, um rio de agua abundante e tão belo, refletindo o céu coberto de árvores.
Na margem dele estava o Baldwin, e bem na frente uma bela moça, da qual o Ceifeiro admirou-se ao ver tamanha beleza, ela tão bela que olhar não conseguia parar só um segundo olha-la, longos e sedosos cabelos negros, pele macia aveludada, olhos castanhos bem vivos, sorriso singelo, um olhar profundo, que sentia alcançar sua alma.
Beleza tão profunda forte quanto sensação de medo ali presente. Ficou confuso, mas não deixou nem se quer por um segundo de observar a o que estava acontecendo. Ele viu uma conexão rara entre os olhares de Baldwin e da moça, eles estavam frente a frente, ela se ajoelha segura em suas mãos e depois de tênue silencio diz:

- Aquele que não vencer si mesmo
Não é digno de se banhar nessas águas,
Aquele que não conhece o mal,
Que habita dentro de si
Não conhece o poder do bem,
Dominar as próprias Trevas
É uma Sabedoria que vêm com o tempo
O tempo é mais forte que teu silencio
Aquele, que não sentir medo
Jamais terá coragem
Não se traque no silencio
Por favor, nunca deixe de lutar
Nosso fardo será, grande e teu pesar também
Seja forte, por favor,
Ao prestar atenção, o ceifeiro não percebe que algo, estava a se aproximar dele, um cheiro amargo da morte dá morte, toma seus pensamentos e pensa “Eu um dos portadores da morte estou com medo dela”, ele olha pro lado e antes percebesse era tarde mais.  
Baldwin desperta de forma alvoroçada e pula de sua cama abre janela de seu quarto olha para lua olha tudo ao seu redor sente uma leve sensação de alívio, um corvo estava à frente de sua janela o observando, ave alça voou, ele fecha a janela e volta para cama, tentar dormi, era tudo podia fazer
O nome dela , é poesia de um só verso
Daquelas poesias que só de ler causa arrepio
Aquele arrepio que percorre todo corpo
E faz peito da gente bater mais forte

-Vai sair pela boca, prepara-te
Calma jovem vá devagar
Preciso Respirar seu nome mais um vez

Como brisa leve, que chega sem perceber
Envolve devagarinho, se perceber
Teu nome vem em minha lembrança

E dá vontade de te querer 
Ela é....
Diferente, talvez não seja a palavra mais adequada
Pensemos em outra... cativante!
Cativante, essa é uma ótima palavra
Talvez essa palavra não defina por completo
Sua maneira de ser
Afinal nada se define por completo
Vou tentar defini-la como cativante
Em sua maneira de rir
Seu sotaque bem marcante
Bem arrastado, forte pense numa voz bonita de se ouvir
Daquelas que cabra que junto ao pé do zuvido
Ela daquelas cabocas, que da gosto de olhar
Oh mule bonita da mulestia
Mas tudo isso ficava em segundo plano
Poies ela sabia e de fato e direto
Era ... era não ela é

Simplesmente cativante

Interprete : Irah Calceira 

Gosto de você assim como você é 
Pode me amar assim como você quer 
Quero ter você e não quero saber 
Se assim não fosse como poderia ser

De outro jeito abraço os teus defeitos 
Gosto dos teus olhos do jeito que me olhas 
Seja assim tão pura 
Minha voz é tua 
Me ame sempre igual em casa ou na rua

Deixe que o vento penteei os seus cabelos 
Faça dos meus olhos sempre o teu espelho 
Deixe que a noite traga uma canção 
Deixe que eu te guarde dentro do meu coração

Deixe que o vento penteei os seus cabelos 
Faça dos meus olhos sempre o teu espelho 
Deixe que a noite traga uma canção 
Deixe que eu te guarde dentro do meu coração

Gosto de você assim como você é 
Pode me amar assim como você quer 
Quero ter você e não quero saber 
Se assim não fosse como poderia ser

De outro jeito abraço os teus defeitos 
Gosto dos teus olhos do jeito que me olhas 
Seja assim tão pura 
Minha voz é tua 
Me ame sempre igual em casa ou na rua

Deixe que o vento penteei os seus cabelos 
Faça dos meus olhos sempre o teu espelho 
Deixe que a noite traga uma canção 
Deixe que eu te guarde dentro do meu coração



Os olhos de maria...
Eram vibrantes,
Vibrantes, perolas negras

Talvez fossem musica
A encantar nossos sentidos
Aquele tipo de musica
Que ouvimos à tardinha
E que acalma nosso peito...
E bela, muito bela

Bela feito por sol
Sempre a encantar e embeleza
Os olhos de quem o admira

Assim são os olhos de maria
Envolventes feito musica
Encantadores feito pôr do sol
Radiantes feito o raiar do dia 

Menina estás à janela
com o teu cabelo à lua
não me vou daqui embora
sem levar uma prenda tua
Sem levar uma prenda tua
sem levar uma prenda dela
com o teu cabelo à lua
menina estás à janela
Os olhos requerem olhos
e os corações corações
e os meus requerem os teus
em todas as ocasiões







Sozinho na noite
Um barco ruma para onde vai.
Uma luz no escuro brilha a direito
Ofusca as demais

E mais que uma onda, mais que uma maré
Tentaram prendê-lo impor-lhe uma fé
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade
Vai quem já nada teme, vai o homem do leme

E uma vontade de rir, nasce do fundo do ser
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir
A vida é sempre a perder

No fundo do mar
Jazem os outros, os que lá ficaram
Em dias cinzentos
Descanso eterno lá encontraram

E mais que uma onda, mais que uma maré
Tentaram prendê-lo, impor-lhe uma fé
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade
Vai quem já nada teme, vai o homem do leme

E uma vontade de rir, nasce do fundo do ser
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir
A vida é sempre a perder

No fundo horizonte
Sopra o murmúrio para onde vai
No fundo do tempo
Foge o futuro, é tarde demais

E uma vontade de rir nasce do fundo do ser
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir
A vida é sempre a perder

Um verso, pra confessar a minha pressa
Outro para coisas sem sentido
Outro para coisas frágeis
E para inocência, 
Que tal um verso pra corações apaixonados e desesperados?
Ou uma cantiga pra adoçar a nossa vida?
Um soneto, bem atento os movimentos do frio e do sereno
Um verso que diga tudo
Ou talvez não consiga dizer nada!
Que faça sentido, perdendo se entre os sentidos

Uma madrugada para declamar minhas emoções
Momentaneamente congelas nestes versos
Ou quem sabe, sussurrar ao pé do teu ouvido
Palavras doces pra te falar do meu amor
Ou apenas te levar pra cama
E saciar nossos desejos e vontades 
Um verso ao universo que não para de criar!

Ah de existir um verso pra exaltar
O próprio verso, e as emoções profanas
De quem quer amar ou apenas sonhar
Ou apenas encontrar
Um verso que possa seu dia completar!